O diretório nacional do Partido Progressistas (PP) anunciou a suspensão da coligação da sigla com o Partido dos Trabalhadores (PT). Partidários tentavam uma aliança entre o PP do Ceará com o candidato petista ao governo do estado, Elmano de Freitas.
Em nota, o presidente interino do Progressistas, deputado Claudio Cajado (BA), anunciou que serão vetadas quaisquer alianças entre a sigla com o PT.
“O Diretório Nacional do Progressistas informa que a sigla não irá fazer coligação com o Partido dos Trabalhadores em nenhum estado brasileiro. O PP oficializou, por meio de convenção nacional, coligação com o PL e apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o dirigente. Porém, no início do ano, ele havia anunciado que não via “problema nenhum” em manter a aliança com o PT em seu estado, a Bahia, e apoiar Bolsonaro nacionalmente.
No Maranhão, o PP é comandado pelo deputado federal André Fufuca, que também é líder da sigla na Câmara federal. Ele garantiu que essa decisão não vai interferir nas articulações estaduais. “Interfere zero. Só atinge onde esteja na cabeça de chapa. Não é o caso do Maranhão“, afirmou.
Contudo, PP e PT estão na coligação do governador Carlos Brandão (PSB) e a nota do dirigente nacional é clara sobre não haver união com o PT em nenhum estado.
Veto
O veto é definido após a cúpula do PP entrar com ação na Justiça Eleitoral do Piauí – estado do ministro da Casa Civil e senador licenciado do PP, Ciro Nogueira – solicitando a proibição de veiculação de imagens que mostrem o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lado de candidatos apoiados pela legenda em disputas estaduais.
Apesar do discurso de Ciro Nogueira, PP mantém interlocutores com o PT. Durante as convenções do PP no Piauí, não foram divulgadas imagens durante o evento entre apoiadores e Bolsonaro. Ciro Nogueira é um grande articulador do governo e da oposição no estado, onde conta com a sua base eleitoral.