PERIFÉRICOS

Nos arredores distantes da cidade
Onde as luzes vão ficando mais distantes
E as noites são mais escuras
Em casas de pau-a-pique
Com dedos desenhados nas paredes
Que arremetem o século passado
Sobrevivem os excluídos.
Sem sobrenomes
Sem importâncias
Longe dos apadrinhamentos que cercam o poder
Sobem e descem as ruas sem serem notados.
Sem sonhos nem desejos ou amores possíveis,
São apenas números a engrossar as estatísticas da sub existência, da miséria, da vergonha
Quase sempre a manchar as páginas dos jornais nas manchetes policiais.
Nos quintais bem varridos brincam inocentes crianças de olhares embaçados pela poeira das ruas
Sem saber dos difíceis dias que lhe esperam mais adiante
Das portas sempre fechadas das oportunidades.
Não há paz em mim.
A dura realidade corroe minha alma diante dos meus olhos.

@walterli.lima

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WhatsApp

Entre e receba notícias do dia.

PM DE TIMBIRAS

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade