ORGULHO e PRECONCEITO, por professor Abercio

ORGULHO e PRECONCEITO

Estava uma multidão, que se descreve como um mosaico, considerando-se as cores de roupas e de pele. Todas os grupos ou raças ocupando um mesmo ambiente, sem distinção, toques, sorrisos, apertos de mãos e abraços.

 

Naquele espaço o que menos importava era a nacionanaturalidade. A irmanalidade, entre as cores e moldes característicos (das estaturas fisionômicas, das peles e das roupas) se fazia altamente o mais destacado dos valores.

Aquele mosaico eram os continentes sem oceanos ou mares, sem profundidade ou montanhas, relevos mesmos a cada um dos componentes dali.

 

Num dado momento, surge uma coroa invisível sobre a fronte diferente, mas igual a imensas quantidades representadas ali, porém era de dentro a diferença vinda, não se percebe se massa encefálica, contudo os gestos mais caracterizavam com atividades oriundas do intestino grosso.

 

Ergueu-se sobre um dos bancos, acrescendo sua estatura sobre todas as demais. Enfatizou energicamente coisas, coisas e coisas. girava sobre si mesmo, olhando para os todos mais abaixo, sentiu-se soberano, poderoso, dominador.

 

Então após circular ocularmente a tudo e todos em seu redor, fala silenciosamente para os presentes e explosivamente para dentro de si:

– Sou senhor, imperador de todos.

 

Nos extremos do mosaico, dois dos presentes entreolham-se e incitam um diálogo:

– Quem é ele?

– Não é você?

 

– …

(Abercio)

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