Por professor Walterli Lima
É unânime dizer que a educação é o principal instrumento de transformação de uma sociedade, contudo, tal transformação só torna-se verdadeiramente efetiva se alicerçada numa educação que tenha ao menos o mínimo de qualidade.
A educação pública no Brasil ainda engatinha em busca desta tão sonhada qualidade.
Os índices que aferem o nível de aprendizagem nas escolas por si só espelham as gigantescas deficiências do ensino.
É cada vez mais natural o avanço do analfabetismo funcional entre estudantes nas salas de aulas.
O ato de desenvolver uma simples operação aritmética ou de interpretar algumas poucas linhas de um texto passaram a ser tarefas de difícil execução por parte da maioria dos discentes até mesmo nas séries finais da educação básica.
A escola tornou-se uma fábrica de produção de estudantes de baixo nível e como consequência de mão de obra desqualificada. A aprovação quase que automática sem levar em conta com o realmente foi assimilado e absorvido pelo aluno tem mascarado a decadente realidade e engrossado as estatísticas negativas de proficiência dos índice educacionais.
O “passar de ano” foi atrelado a simples presença do aluno na sala de aula sem observância a aprendizagem do conhecimento.
A realidade decadente da educação pública parece ter sido naturalizada por professores, gestores públicos e demais agentes que fazer a educação. O próprio aluno, que deveria ser instrumento de continua transformação e crescimento, parece satisfazer-se em fingir que aprende.
Quando a educação vai mal todo o resto segue o mesmo caminho. A falta de qualificação profissional, o crescente aumento da violência nas periferias, o número cada vez maior de dependes de programas sociais, o aumento das desigualdades sociais, o declínio do nível intelectual e compreensão real de mundo são alguns dos efeitos colaterais do fracasso da educação pública.
O crescimento, a busca pelo aprimoramento e qualidade da educação só é prioridade dentro de uma minúscula bolha de educadores e agentes públicos, a massa da sociedade ainda não compreendeu a importância de tal contexto que serve apenas para fabricar bordões e discursos nos palanques eleitorais.