COLUNA DO PROFESSOR WALTERLI LIMA: HOMEM-MASSA  

 

Por vezes busco ressignificação da verdade das coisas e da vida.

O pensamento

A liberdade

O existir

Tomamos o tempo com afazeres de vidas comuns e medíocres de repetidas trajetórias.

Para a massa não resta a autenticidade e a criação, somente uniformes hábitos impostos pela rotina.

As ruas cheias de gente.

Os arranha-céus cheios de inquilinos.

Sempre a mórbida inquisição de padrões de vida.

Homem-massa irracional.

A liberdade é um fantoche nas mãos que manobram o mundo.

É cômodo se pensar feliz, é uma fuga inconsciente diante da complexidade intrínseca da existência.

Por vezes somos incrédulos da realidade criando em si realidades paralelas as quais só os loucos são capazes de enxergar.

O que define realidade não é o que se tem diante dos olhos, mas o que os olhos são capazes de extrair.

Por constâncias, tenho desabado no vazio dos abismos do meu eu.

Tenho aceitado a rotina como um condenado obediente em sua cela a contentar-se com banho se sol e comida no prato.

Um animal feroz em pensamentos amordaçado pelos hábito de vidas comuns e medíocres.

Viver é bem mais que existir.

Contudo, não há escolhas senão a das imposições constituídas.

É preciso se jogar para frente e encontrar sentido no que é desprovido de sentido.

A cultura das massas transformou felicidade em consumo como única premência de satisfação.

O consumir é insaciável, é descartável, sendo assim a felicidade é um objeto frágil e passageiro.

Manicômios na histeria coletiva fruto dos patrões de comparação de si próprio com o outro indivíduo.

Em par a tudo isto, se abdica do pensamento próprio, e abdicando do pensamento priva-se de liberdade, e sem a liberdade perde a própria essência do existir.

@walterli.lima

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