Por prof. Walterli Lima
Todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido, reza o artigo primeiro da constituição. Quando é usurpado para benefício próprio e dos seus é maléfico para toda sociedade.
Se político ocupa-se em amontoar posses, acumular riquezas e multiplicar patrimônio, são os mais humildes as maiores vítimas que obrigam-se a mendigar dia a dia pelas necessidades básicas da vida, como água e comida.
O mau político vislumbra apenas os próprios interesses e divide as pessoas em duas classes: a dos instrumentos, que são os que seguem fielmente suas ordens, muitas das vezes numa necessidade parasitária, e os inimigos, que são os que contrariam suas vontades.
Há muitos lobos em peles de cordeiros, sem sensibilidades e de poucos sentimentos, com o frio calculismo de manipular as pessoas para tirar proveito próprio.
Nas periferias e ruelas empoeiradas, onde os braços gigantes do poder nunca chegam, a política é vista unicamente como instrumento ignóbil de atuação de uma pequena minoria de privilegiados.
Certa vez, disse Ulisses Guimarães: “ Não se pode fazer política com o fígado, conservando o rancor e ressentimentos na geladeira. A Pátria não é capanga de idiossincrasias pessoais. É indecoroso fazer política uterina, em benefício de filhos, irmãos e cunhados. O bom político costuma ser mau parente”.
Não é a política que tem que ser combatida, são os maus políticos que devem ser enfrentados.
A política na sua mais pura essência é fundamental para o funcionamento e equilíbrio da sociedade como instrumento da busca do bem comum e da justiça.
O politicagem é o oposto disto, é mesquinha e odienta, fruto dos que enxergam os outros aos seus pés e imaginam que o mundo gira ao seu redor.