A humanidade caminha a passos largos para o apogeu do que tem de pior.
Tempos de cinismo, desvirtudes e ódio gratuito.
A pele, a fé, a condição social, o conhecimento e até mesmo o sexo são gatilhos prestes a acionar a bomba atômica da ira e da malquerença.
Alienações que distanciam o ser do humano.
Porém, de todas as alienações, a da fé é de longe a mais perigosa.
Ao longo da história as religiões têm ceifado a vida de milhões de pessoas na imposição de suas vontades.
Nos dias de hoje acumulam-se conflitos e gritos de ódio declarado sustentados na fé.
Ideais distantes do ideal cristão que não se alinha às segregações e sim ao bem comum.
São muitas as igrejas de várias denominações que desvirtuam a verdadeira essência do cristianismo. Muitas destas são apenas trampolins para o enriquecimento de suas lideranças que se esbaldam em mesas fardas às custas da fé dos que nada tem.
A fé trocada por moedas.
Do que mais estes ainda são capazes?
Não estou aqui a pregar testemunho de perfeições ou imperfeições humanas nem a sacudir a bandeira do anarquismo às religiões.
Estou apenas a indagar-me até onde o homem pode chegar na busca cega do vil metal ou para fazer impor seus desejos e vaidades.
Ainda temos muito aprender sobre o testemunho de vida daquele homem.
A humildade diante dos mais frágeis.
O desapego das coisas do mundo.
O coração livre do ódio, mesmo defronte dos que lhe desejavam o mal.
A comunhão.
O homem, o líder, a divindade.
Nenhuma das religiões do mundo tem verdadeiramente a essência do cristianismo.
Muito tenho refletido sobre à vida, o comportamento humano e a perfeição das coisas da natureza em busca de respostas para compreender-me e nesta busca cada vez mais debruço-me sobre indagações.