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O Supremo Tribunal Federal formou maioria, na manhã desta segunda-feira (24), para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi consolidada no plenário virtual da Primeira Turma, que referendou a ordem decretada pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, após a violação da tornozeleira eletrônica e o risco de fuga.
Moraes abriu o julgamento reafirmando que Bolsonaro “agiu de forma dolosa” ao danificar o equipamento de monitoramento e destacou o histórico de descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF. O ministro citou ainda a admissão do próprio ex-presidente, que, em audiência de custódia realizada no domingo (23), atribuiu o ato a um “surto” provocado por medicamentos.
O presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, acompanhou integralmente o relator e foi ainda mais incisivo ao afirmar que o conjunto de decisões judiciais e episódios recentes “comprovam a periculosidade do agente”. Dino também mencionou as fugas de aliados bolsonaristas — como Carla Zambelli e Alexandre Ramagem — para demonstrar o ambiente de ameaça à ordem pública que, segundo ele, envolve a organização “chefiada por Jair Bolsonaro”.
O ministro Cristiano Zanin também votou com o relator, consolidando a maioria necessária para manter a prisão preventiva.
A análise ocorre em sessão extraordinária no plenário virtual e segue aberta até as 20h, mas, com a maioria formada, o resultado já está definido: o STF referenda a decisão e sustenta a prisão preventiva de Jair Bolsonaro.





