Uma nova pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12) revela um cenário de acirramento político entre os principais líderes do país. O levantamento mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com 45% das intenções de voto, enquanto o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 44%, configurando um empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A sondagem foi realizada entre os dias 10 e 11 de junho, com 2.004 eleitores em 136 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Polarização permanece forte
O resultado indica que, mesmo fora do cargo, Bolsonaro mantém forte influência sobre o eleitorado e segue sendo o principal antagonista político de Lula. A diferença mínima entre os dois reforça o cenário de polarização que vem dominando a política brasileira desde 2018.
Segundo analistas, o resultado reflete não apenas a fidelidade de uma base consolidada por ambos os lados, mas também o crescente descontentamento de parte da população com o governo atual. A mesma pesquisa aponta que 40% dos brasileiros reprovam a gestão de Lula, enquanto apenas 28% aprovam, o menor índice desde o início de seu terceiro mandato.
Temas que dividem o eleitorado
O Datafolha também investigou a percepção dos eleitores sobre áreas específicas de governo. Lula aparece com vantagem na educação e na geração de empregos, enquanto Bolsonaro lidera na segurança pública e no controle da inflação. Já em áreas como saúde, meio ambiente e combate à pobreza, há um empate técnico entre os dois.
Disputa aberta rumo a 2026
Com o resultado, o cenário para as eleições presidenciais de 2026 segue completamente indefinido. A pequena diferença de um ponto percentual entre os dois líderes não permite apontar um favorito, e evidencia que a disputa poderá ser decidida por detalhes como a taxa de comparecimento às urnas, o desempenho econômico do governo até lá e a capacidade de ambos os candidatos em atrair o eleitorado indeciso.
Além disso, o levantamento reforça a importância que alianças regionais e temas sensíveis terão no processo eleitoral. Com a campanha ainda fora do calendário oficial, os números já acendem alertas nos dois campos políticos — sinalizando que a corrida pela Presidência deverá ser uma das mais disputadas desde a redemocratização.