Doze representantes da Polícia Federal (PF) iniciaram nesta segunda-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inspeção dos códigos-fonte da urna eletrônica e do sistema eletrônico de votação que serão utilizados nas Eleições 2022. Os trabalhos de análise das linhas de comandos e instruções estão previstos para acontecer até esta sexta-feira.
Antes do início da atividade, os técnicos da PF assinaram um termo de confidencialidade para acessar os códigos-fontes dos programas de computador que são embarcados na urna eletrônica. A abertura dos códigos-fontes é um procedimento obrigatório realizado pelo TSE antes de cada eleição.
A análise das cerca de 17 milhões de linhas de código por parte da PF ocorre na sequência do término dos trabalhos por integrantes das Forças Armadas. A inspeção do material por militares do Ministério da Defesa se deu após a pasta encaminhar um ofício “urgentíssimo” cobrando o agendamento de uma data para que a realização da vistoria fosse feita. A possibilidade de analisar o código-fonte está aberta às entidades fiscalizadoras desde outubro de 2021.
Além da PF, esse conjunto de linhas de programação pode ser inspecionado por representantes técnicos dos partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), das Forças Armadas e de universidades, entre outras instituições.
Participam da análise dos códigos pela Polícia Federal: os delegados Elias Milhomens de Araújo; Ricardo Ruiz Silva e Victor Barbarella Negraes; os peritos Alexandre de Andrade Silva; Auto Tavares da Câmara Júnior; Breno Rangel Borges Marchetti; Fabrício Dantas Bispo; Ivo de Carvalho Peixinho; João Paulo Vieira Almeida; João Vitor de Sá Hauk e Paulo César Hermann Wanner; e os papiloscopistas Erismar Paixão Ribeiro da Silva e Leonardo Costa Rodrigues Alves.
Os trabalhos ocorrem em uma sala localizada no subsolo da sede do TSE preparada pela Corte especialmente para esse ciclo de inspeções, onde os técnicos receberão informações e também poderão esclarecer dúvidas sobre a segurança do processo eleitoral diretamente com a Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal. (O Globo)