MOINHO: professor Filho Santos

Até o verso a ti se faz.

Todo avesso de mim a ti se revela.
Revelas assim, no que sinto, no que ouço aqui dentro por ti, e sempre guardo,mais abrigo que lugar é o que és.
Revelas o que  cravado  foi pela porta que se entra o que me abala, olhos teus, minha fonte de transparecer o que sinto por vezes em lágrimas, outras em nostalgia, enfim néon só somente.

Verso bem dito a risco e tira até petisco.
Petisco é a isca da proeza que aguça o desejo, a vontade, o próprio tempo a não ser mais seu.
Meu eu a mim mesmo dono não sou.
Antes até fosse, pois consumindo me vai, aos pouco triturando como moinho.

Moinho não tritura o que a mim não sou dono, a vida.
A vida por que?
De mim roubada se foi.
Envelopada de esperança.
Esperança que sempre tem nome.
Foi-se deixando pelos cantos um pouco em cada da vida que ainda é vida, embora em pedaços.

Trazer-me-ia o que se esperava antes da vida , mas depois de tantas indas e vindas, sossega-se dentro do miocárdio como hifas; digerindo o que se pode o que não dar sobremesa se é.
De tudo, ao meu eu procuro.
Vistes um algo quase amado, embora esquecido num instante.
Instante  tenebroso em  gesso se virou.
O doce amargo da vida se experimentou, anunciou-se a partida e chegou à vida de vez.

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