Não é novidade que o vice-governador Carlos Brandão, agora no PSDB, é o nome preferido do governador Flávio Dino (PCdoB) para a disputa do Governo do Maranhão, mas muita gente não compreendeu a ida de Brandão para um partido de Centro e não para uma legenda do campo da Esquerda.
É óbvio que diante do atual cenário, Brandão teve o completo aval de Flávio Dino para deixar o Republicanos e se filiar no PSDB, partido que era oposição ao Governo Dino e passou a ser da base governista.
Além disso, a ida de Brandão para o PSDB reforça a tese de Flávio Dino, que vem defendendo uma união de partidos da Esquerda com o Centro para vencer as eleições nacionais em 2022, derrotando o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Durante a semana, em entrevista ao Estadão, o comunista deixou claro que a Esquerda deve sair da sua bolha e fazer um movimento em direção ao Centro, para disputar e vencer as eleições em 2022.
“Reafirmo que esse movimento de ampliação, no sentido de falarmos para além da esquerda, é imperativo. Para vencer Bolsonaro é preciso que nós façamos isso. E não vejo o Lula como obstáculo. Em primeiro lugar, porque ele já fez isso em 2022, quando se elegeu presidente com o José Alencar de vice, um empresário liberal que representava um sindicato patronal. E, segundo, porque já mostrou estar disposto a construir um projeto de nação que olhe para o futuro mais do que para o passado. O Brasil de 2022 não é igual ao Brasil de 2002, e espero que possamos estar juntos com o centro democrático para vencer a eleição. Se não der no primeiro turno, que seja no segundo”, declarou.
Na entrevista, Dino fez questão de citar o próprio PSDB, além do DEM, que seriam partidos do Centro, mas que poderiam estar juntos apoiando uma candidatura da Esquerda.