Por prof. Walterli Lima
Passados um pouco mais de um ano o Brasil vive nos últimos meses seus piores momentos na pandemia com recordes nos números de casos, internações e mortes.
O surgimento de novas variantes do vírus e o ritmo lento da vacinação talvez expliquem tal situação, porem as ruas refletem um agravante da crise sanitária, a falsa sensação de normalidade de grande parte da população.
O uso de máscaras foi quase que totalmente abolido e o que se observa é um número restrito de pessoas ainda em uso da proteção.
Apesar da incessante luta da ciência em busca de respostas e soluções para a pandemia, até o presente momento ainda não há medicamentos eficazes no combate ao vírus em sua totalidade, portando a precaução continua sendo o melhor remédio.
As constantes aglomerações, muitas delas desnecessárias, a insistência do não uso de máscaras e higienização das mãos é um contraste aos seguidos apelos de inúmeras autoridades em alerta a necessidade de retomada das medidas preventivas diante do agravamento da crise.
UTIs lotadas e mortes diárias em milhares são efeitos colaterais do abandono de tais medidas.
O jogo ainda não acabou e ainda está bem logo de final.
A sensação é de que as pessoas cansaram da pandemia, menosprezaram o perigo constante do vírus e banalizaram as seguidas mortes, enquanto o inimigo está a cada dia mais forte e mais letal.
Nos aproximamos de meio milhão de mortos da COVID-19 no Brasil, número próximo de sete Maracanãs lotados e neste jogo estamos sendo goleados numa triste e angustiante derrota bem maior que o histórico 7×1.
Não há vitória no individualismo. Só o coletivo pode virar este placar.
É necessário que cada um faça a sua parte.
O que está em jogo são vidas e a vida é o que há de mais importante.