CICLO, por professor Abercio

Tem certeza, de que achas que não deveria confessais a vós?

Joelhos dobrados no quarto frente ao Senhor também é secreto
Tanta responsável irresponsável obediência,
São essas as medidas burocráticas as mais!
Qual nosso sentimento e o seu diante disso?
Fazemos faculdades, adquirimos certificados nossos.
Sonhamos concursos, a vaga é do outro.
Nos batizamos, mas continuamos sem padrinhos.
Minha crença tornou-se em não mais crê,
Sequestraram o meu acreditar
Certificado cinco ouros em prestar favores, bajulo ao meu diploma.
Agachar meu principal exercício,
Meu sol mesmo quadrado é de ouro.
Minha dor é perceber que sua é doída no coração do outro.
Minha dor é perceber uma pedra na sua anatomia.
Deste lado da humanidade, vejo uns desenhos de pássaros voando, vejo vacas, cavalos selados, um senhor no bosque a se render às frutas silvestres.
E nesse último a sensação de liberdade e desígnios de Deus.
Os sentimentos do opressor são dessentidos.
Vejo as novas gerações nas faculdades, por décadas,
Vejo aberturas pelas frestas de uma fechadura, porém há um muro, e lê-se: “Não temos vagas!”
Não temos vagas!?
O olho avermelha.
Anos incertos e inexplicáveis.
Lamentável, lamentável, são os protocolos.
Aborrecimentos desnecessários que podiam ser evitados.

Conseguiu um contrato e seu pinguim começa na segunda.
Meu pinguim não conseguiu um novo cubo de gelo,
A fila era grande, a espera e o calor os derreteu.
Fui ao meu analista.
Ele me pediu pra tocar a ponta do nariz, e depois o joelho.
E eu consegui.

Tragam um cubo de gelo pro meu uísque.

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