Feche os olhos.
O pensamento se foi.
Ar nem se chega mais aos bronquíolos, que se separando em hematose se vai.
Agora já não se é conjugado em nem um dos tempos.
Artérias e veias repugnantes, asfixiam-se.
Perde-se a sensibilidade, e a tal vaidade.
Esperneia a pensar, os 15 milhões de gibaytes que outrora a tudo processava agora inertes.
A corrida perdeu a conexão.
Pra onde iremos agora?
Pra um castelo de ruas Ouro.
Pra um espaço, percorrido pelo que se dissipa a luz.
Pra um horizonte bem longe, já não se é possível mais imaginar.
E quem de nós sentirá tua ausência?
Eu, já não sinto a minha própria.
Quem disse que amaria, nem menção a efígie agora.
Os que a plêiade sempre esteve.
Quem?
Quem te desenhou e guardou.
Quem escrevia teu nome em papel colorido só pra engolir.
Quem de ti não esquece ainda sem pulso debruça sobre ti dizendo: poderia ter dito o que queria dizer antes.
E quem te aguarda para onde vais?
Estrela que te ilumina.
O celeste dono do universo.
Bela esquecida e agora chegada.
O invisível agora visível.
A escuridão somente.
A vida cheia de vida da outra vida.
A esperança de chegar.
A esperança de não voltar.
Pois bem, a corrida é imensa.
A chegada é certa.
O ponto de chegar muitos sabem.
O de partir poucos se interessam.
Fazer falta dói, não ser lembrado é fatídico.
Que chegará?
Os fortes que se alimentam de si.
Os fracos que se alimentam dos outros.
Os sábios que já vivem alimentados de ambos.