CATADOR DE SILÊNCIOS

Vago pela vida catando silêncios

Tropeçando o pensar em minúcias

Levado pelo sabor dos ventos uivantes

A cigarra cantando no fundo do dia

O rio de pedras carregado pela correnteza cortando o caminho

A brisa sacudindo as palhas do palmeiral

Anunciação, linguagem do âmago das coisas

Permito-me fechar os olhos

Sou mais feliz entre bichos e árvores

Há tempos não espero mais tanto das pessoas

Expectativas corroem a vida presente

Sou mais o espanto ao encarar a lua

O silêncio que adoça a música

Que adormece os sentidos

A carretilha dos anos me ensina a ser mais ouvidos do que línguas

Não vence sempre quem sempre grita mais alto

As vezes o calar é o melhor argumento

Entre gente, automóveis e canhões a natureza sempre tem razão.

Calo-me para conhecer-me

Calo-me para encontrar-me em mim.

 

@walterli.lima
@blog_prof.Gil

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PM DE TIMBIRAS

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