O Maranhão tem menos de 500 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto para atender quase sete milhões de habitantes. O reflexo disso está na Defensoria Pública do Estado, onde tem aumentado o número de pessoas que buscam a instituição para conseguir transferência de um leito comum para o de Terapia Intensiva na rede pública de saúde.
A média de pessoas que procura a Defensoria Pública para conseguir uma transferência de leito comum para o de UTI em um hospital é de 9 a 10 pedidos por semana. Desespero para quem luta pela vida de um familiar doente.
O defensor da Saúde, Idosos e Pessoa com Deficiência, Vinícius Goulart, disse que semanalmente a Defensoria Pública recebe de 9 a 10 casos de pessoas que buscam um leito de UTI na rede pública de saúde. “Infelizmente toda semana nós recebemos uma média, se juntar o atendimento ordinário da Defensoria pelo Núcleo da Saúde e Plantão Judicial, cerca de 9 a 10 casos por semana, e a gente percebe que esses casos vêm aumentando a demanda por questão de falta de um leito de UTI”.
A transferência para UTI’s depende da liberação de leitos em outros hospitais públicos. A solicitação é feita pela Central de Regulação, do Governo do Estado um processo muitas vezes demorado que pode comprometer a vida do paciente.
De acordo com um levantamento feito pela Sociedade de Terapia Intensiva do Maranhão (Sotima), são 385 leitos de UTI adultos e 50 pediátricos na rede pública estadual, para atender uma população de quase 7 milhões de habitantes. São Luís conta atualmente com mais 81 leitos de UTI na rede pública.
Sobre o assunto, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que ampliou nos últimos anos os serviços em média e alta complexidade descentralizando as unidades de saúde, mas a Secretaria Estadual de Saúde não respondeu quanto a demora em realizar as transferências.