O tão propagado encontro entre Weverton Rocha (PDT) e Lula (PT), ocorrido na noite de terça-feira (5), em Brasília, não foi bem digerido por Flávio Dino (PCdoB), que se irritou com o movimento, o qual vem sendo considerado uma afronta a sua liderança no Maranhão. A visita do senador maranhense foi articulada pelo ex-secretário de Esportes, Márcio Jardim, junto a lideranças nacionais do partido.
Weverton Rocha quis dar uma resposta aos últimos movimentos de Flávio Dino que foram todos em favor de Carlos Brandão (PSDB). A escolha de Zé Inácio como vice-líder do Governo, a visita do Coletivo Nós (PT) ao vice-governador e outras ações, favoreceram uma aproximação com os petistas no estado.
O encontro de Weverton com Lula aparentemente não contou com a presença de nenhum maranhense, mas isso não é novidade, visto que a direção nacional já optou por opções que não eram da vontade da maioria, basta lembrar dos apoios ao MDB de Roseana em 2010 e Lobão Filho em 2014.
No entanto, Weverton pode encontrar outras dificuldades como contemplar Lula e Ciro Gomes em um mesmo palanque, assim como também manter no seu arco de aliança partidos com vínculos umbilicais com Bolsonaro, caso de Republicanos e PSL. Porém, deve-se lembrar que Flávio Dino conseguiu manter no seu palanque em 2014, Dilma, Marina e Aécio Neves.
Weverton também se aproveitou dos últimos movimentos de Flávio Dino que foram em direção ao PSB, que inclusive ofereceu legenda ao governador para disputar a presidência em 2022.
A verdade é que Weverton já deixa claro a Flávio Dino, que ele não ficará sentado esperando a decisão do chefe do Palácio dos Leões sobre quem será o seu sucessor em 2022. Por outro lado, o governador pode começar a endurecer a sua posição em relação ao senador pedetista.